Review: Final Fantasy 14 A Realm Reborn traz de volta um bom RPG online
Final Fantasy 14: A Realm Reborn é uma nova versão do jogo original, chamado apenas de Final Fantasy 14 Online, que chegou a ser considerado um completo fracasso. O título, disponível para PS3 e PC, não decepcionou em seu relançamento e atendeu às expectativas dos fãs. Acompanhe nossa análise e conheça mais sobre este RPG online.
Um mundo literalmente renascido
A Realm Reborn é um nome bem apropriado para o game, já que ele foi refeito do zero e isso já é sentido em seus primeiros minutos. Não apenas o sistema de game, mas também sua história, personagens e funcionamento. Mesmo aqueles que estavam em níveis avançados na versão anterior aqui retornam do zero, totalmente renovados.
E assim recomeça também a história de Eorzea, onde se passa a aventura. Com direito a personagens zerados e uma nova mitologia, o jogador aos poucos se envolve na ação e no drama vivido por este mundo. Ao chegar com seu herói em uma cidade, vindo do nada, ele precisa dar tudo de si para ser reconhecido como alguém de valor.
O sistema de criação de personagens é bem feito e completo. Mesmo no PS3, com os comandos totalmente voltados para o joystick, é possível se achar e não ficar perdido em meio a menus confusos. O jogo não desaponta neste passo inicial e é bem completo em tudo, desde opções de raças a classes iniciais, passando por configuração de aparência.
A introdução também cumpre bem seu papel, com uma história narrada em terceira pessoa e cenas de tirar o fôlego, preparando o terreno para o que o jogador deve enfrentar ao longo das próximas horas – e elas serão muitas. Como um verdadeiro MMORPG, Final Fantasy 14: A Realm Reborn tem muito conteúdo.
Missões, missões e mais missões
Como em todo jogo do gênero, a evolução dos personagens fica por conta das missões a serem realizadas e dos níveis avançados. Aqui os níveis de experiências estão de volta (lembra que eles sumiram em Final Fantasy 13?), então a progressão é natural. A cada nível, novas habilidades e mais novidades são destravadas, mas há algumas surpresas.
A primeira delas é a possibilidade de avançar de nível com cada classe disponível no jogo e outras que podem ser habilitadas. Ao contrário de outros RPGs online, não é necessário criar diversos personagens para testar outras classes de heróis. Aqui você pode simplesmente decidir que cansou de ser guerreiro e mudar de profissão, passando a ser mago ou arqueiro. É claro que isso vai zerar o nível daquela profissão escolhida, mas o da anterior se mantém.
Este tipo de mudança apenas soma na personalidade de A Realm Reborn, que se esforça para ser um MMORPG diferente dos demais, ainda que siga algumas tendências de sucesso – como as próprias missões. Felizmente o sistema de classes funciona muito bem, lembrando o clássico Final Fantasy Tactics em alguns momentos – afinal, muitas profissões exigem diversos níveis em outras e por aí vai, justamente como você aprendeu no PlayStation 1.
Na verdade, muita coisa em A Realm Reborn parece ter se inspirado em jogos anteriores da série. Elementos que vão desde o sistema de classes a até algumas magias, elementos, matérias e por aí vai. No geral, o jogo arrisca tentar agradar bastante quem é fã de longa data, ainda que possa ser aproveitado por quem curte há pouco tempo.
Jogabilidade adequada
Não vamos mentir, a jogabilidade de Final Fantasy 14: A Realm Reborn caiu como uma luva ao game. Tudo está muito bem encaixado tanto no PC, quanto no PS3. Jogar em qualquer uma das plataformas é uma experiência gratificante, o que é ainda mais impressionante para os usuários de console.
Cabe registrar que tudo funciona bem no controle DualShock 3, e mesmo a versão de PC é totalmente compatível com um controle de Xbox 360 plugado no computador. Os comandos são naturais, menus podem ser facilmente acessados e os ataques são ativados de forma fácil, rápida e precisa, como uma luta exige.
Esse tipo de adaptação é jogada de mestre da Square Enix, já que o jogo pode ser aproveitado nas duas plataformas com apenas uma conta. Infelizmente você precisará comprá-lo duas vezes, uma no PC e outra no PS3, para jogar com os dois, mas a mensalidade posterior ao primeiro mês – US$ 15 a cada 30 dias – vale para as duas plataformas simultaneamente. Um belo ponto positivo.
Além disso, todos os personagens, lista de amigos e históricos ficam salvos tanto no PC quanto no PS3, pelo servidor online da produtora. Isso se dá por conta do jogo ser exclusivamente online, é claro, mas há uma vantagem nisso tudo.
Gráficos dignos de um Final Fantasy
A Realm Reborn tem gráficos dignos de ser chamado um legítimo representante da saga Final Fantasy. Com direito a efeitos de cair o queixo, monstros caprichados e magias com muitos elementos especiais, o jogo não faz feio, apesar da versão de PS3 perder um pouquinho – só um pouquinho – do título no PC.
Outro ponto que se destaca bastante são as cidades. Algumas, no início, são bem pequenas, mas logo depois isso muda exponencialmente. O jogador logo se depara com megalópoles, recheadas de personagens, seja de outros jogadores ou do computador, mas o que importa aqui é o visual. Uma rápida busca na Internet revela, para quem não tem o jogo, o quanto ele é realmente bonito em seus ambientes, algo que é difícil em um MMO, em muitos casos.





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